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mercredi 19 juillet 2023

Viver pela fé - Viver com proveito

 “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem 
se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos 
escarnecedores.” (Salmo 1:1)

O mundo está repleto dos desprovidos de fé dando-nos demonstrações de sua incredulidade, abalando a nossa crença.

Em nossa jornada terrena, coexistimos com transgressores de todos os tipos incitando-nos ao vício e ao deboche.

No âmbito social em que vivemos, defrontamo-nos com motejadores contra respeitáveis instituições, pessoas de ilibada reputação induzindo-nos a duvidar do bom, do justo, do honesto.

Entretanto, a determinação de resguardar a fé, o propósito de preservar a pureza da alma, a deliberação de nos eximirmos de torpes zombarias não legitimam nosso isolamento do mundo, não justificam nossa fuga ante os problemas humanos.

Onde houver ímpios, estejamos lá comprovando nossa fé; onde medrar o pecado, façamos vicejar a virtude; onde grassar o escárnio, falemos de respeito, de esperança; onde estivermos, em qualquer circunstância, divulguemos o Evangelho de Jesus com a palavra que esclarece e, sobretudo, com o exemplo que convence.    

 Felinto Elízio Duarte Campelo, Viver com proveito – Consolador, N.º 381 – 21/09/2014

Viver pela fé - Ingredientes do êxito

 O êxito espera por você, tanto quanto vem exaltando quantos lhe alcançaram as diretrizes.

Largue qualquer sombra do passado ao chão do tempo, qual a árvore que lança de si as folhas mortas.

Não se detenha, diante da oportunidade de servir.

Mobilize o pensamento para criar vida nova.

Melhore os próprios conhecimentos, estudando sempre.

Saliente qualidades e esqueça defeitos.

Desenvolva seus recursos de simpatia e evite qualquer impulso de agressão.

Se você pode ajudar, em auxílio de alguém, faça isso agora.

Enriqueça seu vocabulário com boas palavras.

Aprendendo a escutar, você saberá compreender.

A melhor maneira de extinguir o mal será substituí-lo com o bem.

Destaque os outros e os outros destacarão você.

Viva o presente, agindo e servindo com fé e alegria sem afligir-se pelo o futuro, porque, para viver amanhã, você precisará viver hoje.

Habitue-se a sorrir. Recorde que desalento nunca auxiliou a ninguém.

Não permita que a dificuldade lhe abra porta ao desânimo porque a dificuldade é o meio de que a vida se vale para melhorar-nos em habilitação e resistência.

Ampare-se, amparando os outros.

Censura é uma fórmula das mais eficientes para complicar-se.

Abençoe a vida e todos os recursos da vida onde você estiver.

Nunca desconsidere o valor da sua dose de solidão, a fim de aproveitá-la em meditação e reajuste das próprias forças.

Observe, todo o tempo é tempo de Deus para restaurar e corrigir, começar e recomeçar.

Correio Mediúnico, Vontade de viver – Consolador, N.º 121 – 23/08/2009

André Luiz, Livro: Respostas da Vida, (Chico Xavier)

Viver pela fé - Vontade de viver

 A minha paz eu vos deixo, mas não a paz do mundo. Jesus

Quantas vezes somos tomados de uma apatia que nos leva a pensar e muitas vezes a falar: “Eu queria sumir”. Outras vezes nos deixamos abalar e ficamos caídos, tristes, apáticos, com pensamentos atrapalhados, sem a vontade de viver.

Nós, que sabemos que a vida continua ou, pelo menos, temos algo dentro de nós que nos diz que a vida não é somente isso que se apresenta, e, portanto, existe algo mais...
Assim, precisamos reagir e mudar essa situação construindo em nós pensamentos positivos, edificantes, acreditando antes de tudo em nós e em Deus.
A espiritualidade precisa estar presente em nossas vidas, não estamos falando somente em espiritualidade no sentido religioso, mas algo diferente do que vivemos no mundo material, por exemplo, atitudes construtivas, perdão, amor, trabalho, esperança e fé.
A oportunidade da vida é uma bênção de Deus, mas se você não acredita Nele, procure ver a vida como uma chance que, numa análise estatística, você teve a “sorte” de ter sido contemplado, então, não devemos desperdiçar.
Erros todos nós cometemos, mas Deus, em sua infinita bondade, é maior e nos oferece diferentes formas de corrigir e seguir em frente.
Quando a melancolia - a tristeza - se abater sobre você, pare, ore se você acredita em algo Maior, ou mude esses pensamentos, mas procure reagir para não se deixar levar por essa onda que só irá acumular desequilíbrios. 
A vida é importante, ela nos proporciona conhecer mais e mais, oferecendo sempre oportunidades múltiplas de mudança e busca de novos caminhos.
Coragem, fé e esperança precisam estar sempre dentro de nosso coração.
Falta-nos um modelo?... Que tal Jesus? Ele é o modelo maior que pode ser oferecido a alguém. Esse nosso irmão Maior tem tudo de que precisamos nos seus ensinamentos e exemplos.
Que Ele nos abençoe hoje e sempre.
Wagner Ideali, Vontade de viver – Consolador, N.º 640 – 13/10/2019

Viver pela fé - Como viver

Não é bem a minha intenção traçar normas, mas apenas sugerir algumas regras sobre o comportamento de um cristão. Espero ser compreendida, pois quero tão somente transmitir o que tenho aprendido e que sei poderá ser útil a muitos dos nossos irmãos que se encontram, ainda hoje, desorientados. Este é meu desejo.

APRENDA A ESPERAR.

A paciência educa o espírito e dá ao coração muita paz.

NÃO SE IRRITE NUNCA.

A ira envenena o coração e enche de espinhos o caminho da vida.

NÃO PERCA A FÉ.

Confie em Deus sempre. Ele vela por você.

NÃO MALDIGA AS TRIBULAÇÕES.

Elas são o preço que você tem de pagar para a subida.

SEJA TRANQUILO.

Dessa forma, você viverá longos dias sobre a Terra.

NÃO JULGUE O SEMELHANTE.

Para que ele também não o julgue. Só Deus pode julgar, porque Ele, só Ele, conhece o íntimo de cada um de nós.

NÃO ODEIE.

O ódio, qual erva daninha, tudo devora, transformando o coração em pedra.

AME SEU SEMELHANTE.

Desculpe as suas faltas. Ajude-o. Você gosta de ser desculpado e ajudado.

SEJA COMPREENSIVO.

Em assim fazendo, somará amigos que o auxiliarão a suportar as dificuldades naturais próprias do dia a dia.

SEJA COMPASSIVO.

A compaixão é filha da caridade e do amor.

DESCULPE SEMPRE A FALTA ALHEIA.

Só assim desculparão as suas.

PRATIQUE A CARIDADE.

Esta é a pérola mais cara ao Coração de Jesus.

ORE, SEMPRE.

É através da oração que Deus conversa com os homens. Mas ore com o coração. Deus abomina os hipócritas.

SEJA HUMILDE E MANSO DE CORAÇÃO.

O Filho de Deus, tudo tendo, nasceu, viveu e morreu pobre.

ACEITE A VIDA TAL COMO É.

Nada reclame e nada receie. Você vencerá, se tiver fé. Cristo venceu o mundo.

NADA RECLAME.

Não resolverá o seu problema. A aceitação é princípio de vitória.

AME A DEUS.

Lembre-se de que Ele o amou sempre.

SUBMETA-SE À VONTADE DO PAI.

Ele sabe o que é melhor para você.

PROCURE SER BOM.

A bondade do coração faz bem à alma e a purifica sempre.

AJUDE OS QUE PRECISAREM DE AJUDA.

Assim fazendo, será credor de igual ajuda.

NÃO FALE MAL DE OUTREM, AINDA QUE FALEM DE VOCÊ.

Ao mal se retribui com o bem. Lembre-se de que Jesus caluniado, difamado e injuriado, não
caluniou, não difamou e nem injuriou.

SIGA O CAMINHO DE JESUS.

Depois do Calvário, haverá a ressurreição e a ascensão.

TEM DÚVIDAS? ORE. ESTÁ CONFIANTE? ORE.

A prece dissipa as dúvidas e fortalece a confiança.

SEU SEMELHANTE CAIU, AJUDE-0 A LEVANTAR-SE.

Tem fome, sacie-lhe a fome. Tem sede, dá-lhe de beber. E a sua alma se alimentará de bênçãos e amor.

HÁ EM CADA UM DE NÓS UMA SEDE ENORME DE JUSTIÇA.

Seja justo com os outros. Eles também o serão com você.

O AMOR É O FERMENTO DA VIDA.

Quanto mais forte, mais venturosa a alma de quem ama.

AMOR, CARIDADE, MANSIDÃO E HUMILDADE.

Esta é a receita da sua salvação.

Maria Augusta de Souza (Espírito) – Como viver – Consolador, N.º 514 – 30/04/2017

Psicografia em 12/05/1979, Viçosa (MG), (Expedito Luiz Leão - médium)

Viver pela fé - A fé que move as montanhas que somos

Sinto que devo começar por dizer que tenho um gosto muito especial pelas parábolas evangélicas.

Uma das razões é a simplicidade tão sábia com que o Grande Mestre as apresentou e usou para difundir verdades profundas. Demonstram a visão própria dAquele cujos ensinamentos visavam muito mais longe, outros tempos, outros povos e outras eras em que as Suas palavras deveriam ser entendidas com maior discernimento, mas que conhecia as gentes da Sua época, com as suas peculiaridades, fragilidades e limitações, e que também desejava por eles ser entendido.

Outra razão é a forte ligação à terra, à natureza, que tanto admiro e respeito, e de onde, sem sombra de dúvida, podemos, se estivermos suficientemente atentos, colher lições sublimes. Jesus sabia disso. Tinha a sabedoria imensa de pegar nas coisas mais simples e quotidianas e transformá-las em mensagens de um alcance tal que, ainda hoje, não temos a capacidade de as entender em toda a sua plenitude.

Muito esquecidos andamos dessa simplicidade do Evangelho. Ou, se assim quisermos dizer, da simplicidade da Natureza, da qual deveríamos colher as maiores bênçãos. Na ânsia de avançarmos a todo o vapor na senda da intelectualidade, da ciência, da tecnologia, de vencermos todo e qualquer obstáculo que nos afaste do que pensamos ser o objetivo da existência, ou seja, o prazer. 

Deixamos de visar ao crescimento espiritual, moral e ético. 

Esquecemos tudo o que aqui nos trouxe: as decisões tomadas na Espiritualidade, os compromissos, os ensejos de libertação da matéria, do egoísmo, do orgulho, dos defeitos e imperfeições. Corremos atrás da felicidade, mas esquecemos que ela será sempre proporcional a um aperfeiçoamento de nós mesmos que, lamentavelmente, estamos a descurar.

É a grande montanha que temos de vencer. É uma montanha dura, agreste, muito difícil de escalar. Foi erguida por nós próprios, ao longo de séculos, milênios até, de dolorosos equívocos, em que colocamos todo o nosso querer em coisas e situações que só nos acarretaram dor e sofrimento, pelo afastamento das Leis Eternas criadas pelo Pai para nossa felicidade. Somos nós mesmos essa montanha a ser vencida. Vale a pena? Certamente. Quando, enfim, chegarmos ao cume, contemplaremos toda a grandeza do Bem, da Harmonia, da Paz interior que leva à exterior abrangente e universal, do Belo, do Equilíbrio…

O que ficou para trás, imperfeições, erros, sensações egoístas, baixas e mesquinhas, tudo nos parecerá tão pobre, tão pequeno, tão insignificante, que nos custará a entender e aceitar que houve tempos em que, equivocadamente, estivemos agrilhoados a tais interesses e anseios.

Por enquanto… é, mais do que tudo, necessário dar início à grande viagem pelo nosso íntimo, com decisão e frontalidade, buscando em nós tudo o que nos entrava, sem nos apegarmos aos erros passados, mas fortemente determinados a superar e vencer. Vencermo-nos. Jesus falou dessa Fé que move montanhas. Que Fé será essa que fará de nós vencedores dos obstáculos que colocamos no próprio caminho? Uma Fé cega? Milagreira? Realmente, essa parábola do Mestre foi entendida como milagreira, sim. 

Mover montanhas… só pelo poder milagroso de Deus. Não entendemos o que Jesus queria dizer. Não entendemos que Jesus falava de nós e da nossa ignorância, as montanhas a vencer. Não entendemos que a Fé teria de ser a força interior fundamentada na crença inabalável no Amor de Deus e nos Seus propósitos, a convicção profunda da necessidade de ajuste às Suas Leis que nos tornaria fortes, a força de seguir os ensinamentos simples mas sublimes de Jesus, que nos impulsionariam a transcender a nossa pequenez e a alcançar a Força de subir montanhas, ou de lhes dizer “Afastem-se, movam-se!” e vê-las obedecer-nos.
Não entendemos. Por isso, perdemos muito tempo. Deixamo-nos ficar pelo sopé, amortecidos, fracos, aprisionados. As montanhas dos nossos desejos e interesses, sem conexão com os objetivos para que fomos criados por Deus, permaneceram por um tempo infindável entre nós e o Bem. Estacionamos. Atrasamos a Felicidade.
Queríamos, e continuamos a querer, tanto ser felizes, que apenas confiamos na ciência. Inventamos a genética, tentando contornar as Leis sábias do Criador para acabar com os seres que vemos como imperfeitos, selecionando genes que, achamos nós, criarão artificialmente seres mais belos, inteligentes, longe da dor e das dificuldades. Queríamos, e continuamos a querer, tanto ser imortais, que engendramos mil e uma formas de aumentar a longevidade, contornar a doença, substituir órgãos deficitários, pensando enganar a morte.

Queríamos tanto acabar com a dor e o sofrimento, que nos tornamos impreparados para a enfrentar. Sem capacidade de aceitação, inventamos a eutanásia e o suicídio, buscando, já que não vencemos a morte, pelo menos abreviar o tempo de vida e de dor e, corajosamente (achamos nós! doloroso equívoco!), enfrentá-la como e quando bem entendemos. 
Esquecemos que somos e sempre fomos Seres Imortais, e que uma coisa de que nunca fugiremos é de nós mesmos. 

Vamos aonde formos, aqui, no Além ou noutra existência física, sempre lá estaremos à nossa espera. Sempre a nossa consciência nos seguirá e exigirá a retomada do caminho interrompido, infelizmente com agravo das dores e sofrimentos de que intentamos fugir.

Nada temos contra a ciência (a genética, o transplante de órgão, ou qualquer outra das suas realizações), é bom que se faça o esclarecimento. Muito pelo contrário. 

A inteligência é um dom sublime, um germe que está conosco desde os primeiros momentos da nossa criação, prontinho a crescer e nos levar a profundas realizações que farão de nós cooperadores da Espiritualidade na construção de um mundo melhor. O conhecimento intelectual vai-nos sendo dado proporcionalmente ao trabalho de aprimoramento e é sempre destinado à construção do Bem. 

Quem se dedica à investigação, nas diferentes áreas e campos da Ciência, realiza um sublime tributo e contributo, mesmo que não o saiba e até se julgue ateu, ao Trabalho do Pai e é cocriador com Ele. 

Será sempre abençoado o seu trabalho, se for no sentido do Bem, com ética e responsabilidade, destinado à construção de um mundo melhor para todos, com menos dor.

Até porque, à medida da nossa evolução moral e espiritual, cada vez teremos menos necessidade de viver em sofrimento e só ganharemos com um ambiente harmonioso e equilibrado, menos atribulado pelas necessidades de ordem física, que será mais propício a outras realizações. O mal nunca está na ciência, está no mau uso das possibilidades que ela põe ao nosso alcance. Não podemos esquecer que qualquer conhecimento só nos é dado à medida da nossa capacidade de o entender e de o aplicar de forma correta. 

Se Deus permite que, num dado momento, a ciência faça determinadas descobertas, ou a tecnologia crie e invente algo, é porque nos vê preparados para avançar e progredir nesse sentido. 

Se assim não acontece, se damos rumos errados ao saber que conquistamos, é de nossa inteira responsabilidade. Temos o livre-arbítrio, somos livres e responsáveis.

Quando dissemos que apenas confiamos na ciência, queríamos sublinhar essa mesma ideia “apenas”. Faltou-nos a compreensão da Mensagem do Cristo; faltou-nos o propósito no Bem; faltou-nos a compreensão das verdadeiras realidades da Vida e dos propósitos das existências terrenas; faltou-nos até (e muito importante) a consciência do fato de a Vida ser constituída por existências e não uma única existência, que nos poderia ter feito direcionar os interesses (e até o objeto das investigações da ciência, por que não?) para o crescimento espiritual, em detrimento da materialidade exagerada a que nos habituamos e submetemos.

Faltou-nos porque, durante demasiado tempo, descuramos um pormenor imprescindível: a Ética que deve e tem mesmo de ser o contrapeso da ciência. Faltou-nos tudo isso e, como consequência inevitável, a ciência desiludiu-nos. Não por culpa dela, mas porque descuramos os nossos verdadeiros objetivos. Mais uma montanha a vencer: criar, dentro de nós mesmos, um sistema em que a Ética, a Ciência, a Moral, a Religião sejam as diversas facetas da Vida em crescimento para a Espiritualidade. Um sistema interior em que todas essas facetas nos ajudem a vencer a montanha aparentemente intransponível em que nos transformamos.

Que não nos falte agora a Fé verdadeira e inabalável e que saibamos dizer ao Espírito Imortal que somos: Move-te! Ergue-te! Segue em frente! Foi isso o que Jesus nos ensinou. É isso que continua a dizer-nos. É isso que Ele e o Pai esperam de nós.

 Maria de Lurdes Duarte – A fé que move as montanhas que somos
                                                                – Consolador, N.º 720 – 09/10/2021
Bibliografia:
Kardec Allan, Livro: O Evangelho Segundo o Espiritismo
Kardec Allan, Livro: O Livro dos Espíritos
Joanna de Ângelis, Livro: Dias Gloriosos, (Divaldo Franco)

Viver pela fé - Atitudes essenciais

“Qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim, não pode ser meu discípulo.” Jesus. (Lucas, 15:27.)

Neste passo do Novo Testamento, encontramos a verdadeira fórmula para o ingresso ao Sublime Discipulado. “Qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim, não pode ser meu discípulo” – afirma-nos o Mestre.

Duas atitudes fundamentais recomenda-nos o Eterno Benfeitor se nos propomos desfrutar-lhe a intimidade – tomar a cruz redentora de nossos deveres e seguir-lhe os passos.

Muitos acreditam receber nos ombros o madeiro das próprias obrigações, mas fogem ao caminho do Cristo; e muitos pretendem perlustrar o caminho do Cristo, mas recusam o madeiro das obrigações que lhes cabem.

Os primeiros dizem aceitar o sofrimento, todavia andam agressivos e desditosos, espalhando desânimo azedume por onde passam.

Os segundos creem respirar na senda do Cristo, mas abominam a responsabilidade e o serviço aos semelhantes, detendo-se no escárnio e na leviandade, embora saibam interpretar as lições do Evangelho, apregoando-as com arrazoado enternecedor.

Uns se agarram à lamentação e ao aviltamento das horas. Outros se cristalizam na ironia e na ociosidade, menosprezando os dons da vida.

Não nos esqueçamos, assim, de que é preciso abraçar a cruz das provas indispensáveis à nossa redenção e burilamento, com amor e alegria, marchando no espaço e no tempo, com o verdadeiro espírito cristão de trabalho infatigável no bem, se aspiramos a alcançar a comunhão com o Divino Mestre.

Não vale apenas sofrer. É preciso aproveitar o sofrimento.

Nem basta somente crer e mostrar o roteiro da fé. É imprescindível viver cada dia, segundo a fé salvadora que nos orienta o caminho.

Wagner Ideali – Reflexões sobre Deus – Consolador, N.º 722 – 23/05/2021

Emmanuel, Livro: Palavras da Vida Eterna, (Chico Xavier)

Viver pela fé - Na renovação de cada dia

“Ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, 
contudo, se renova dia a dia.”  - Paulo (II Coríntios, 4:16.)

Na segunda carta ao povo de Corinto, em trecho bastante significativo, Paulo de Tarso, o apóstolo do Cristo, afirma a superioridade dos ensinamentos de Jesus, a necessidade de transformação das consciências, o viver pela fé, pelo Espírito - essência desses ensinos - e não pela escrita e atos exteriores. Insiste que a renovação da alma se efetua pelo trabalho que ela realiza para o bem de todos.

Fala de suas atribulações, demonstrando a grandeza de sua alma, dizendo textualmente: “somos atribulados, mas não esmagados; postos em extrema dificuldade, mas não aniquilados; embora em nós, o homem exterior (referência ao corpo físico) vá caminhando para a ruína, o homem interior (referência ao Espírito) se renova dia a dia” (...) “O que se vê”, prossegue ele, “é transitório, mas, o que não se vê, é eterno”.

A afirmação de Paulo é correta. Jesus havia dito que cada um receberia de acordo com o que tivesse realizado de bem e de bom, de nobre e justo para si e para todos aqueles que lhe compartilhassem a existência. Por esta razão, o trabalho espiritual de renovação, de transformação na forma de sentir, pensar e agir é, segundo o ponto de vista de Jesus e da afirmação do apóstolo, material importante para nosso aperfeiçoamento evolutivo.

Para tanto, não poderemos nos deixar iludir pela transitoriedade da matéria e, sim, procurarmos fincar a semente do amor e da caridade em nossos corações, amando e edificando em nosso íntimo a humildade, a mansuetude, vigiando nossos pensamentos e orando para que Deus ilumine nossos caminhos, com a determinação e a real vontade de cumprir os compromissos assumidos com a Espiritualidade maior.

Em virtude da Lei de Progresso, tendo cada Espírito a possibilidade de conquistar o bem que lhe falta e libertar-se do mal, de acordo com seus esforços pessoais e a sua vontade, resulta que o futuro estará aberto para qualquer criatura. E isto é, sem dúvida, uma grande notícia.

Visto desta forma, o sofrimento é inerente à imperfeição, como a felicidade é inerente à perfeição. Cada um leva, portanto, em si próprio, onde quer que se encontre, as consequências naturais das suas escolhas ilusórias. Por exemplo, a doença decorrerá dos excessos e, o tédio, da ociosidade.

Então, o mal e o bem que praticamos são resultados das boas ou das más qualidades morais que possuímos. Pela Justiça divina, as atribulações, as dificuldades pelas quais passamos, nesta encarnação, vão variar segundo a natureza e a gravidade das escolhas que tivermos feito ou fizermos ainda.  De qualquer modo, independentemente de sermos Espíritos cordatos ou rebeldes às leis divinas, Deus nunca nos abandona.

Entendemos, assim, que para melhorar a vida futura – muitas vezes ainda nesta existência – precisaremos nos desfazer das imperfeições morais da vida presente, pois “cada dia tem sua lição, e cada experiência deixa o valor que lhe corresponde”, segundo leciona Emmanuel, no livro Fonte Viva, lição 141.

Todavia, o trabalho de renovação das disposições íntimas vai exigir, de todo aquele que se proponha executá-lo, perseverança e determinação. Perseverança, por causa da necessidade da repetição contínua e sistemática na correção do desvio feito nos caminhos da existência, e determinação para que não se abandone o comprometimento com essa nova atitude.

Importante notarmos que as ideias fantasiosas que temos sobre renovação deixam-nos presos, acorrentados a outros erros, e iludidos na certeza de que a estamos realizando. Isso é um alerta para que repensemos, mais uma vez, as nossas predisposições diante dos problemas da vida e das pessoas com as quais convivemos.

Quase sempre, por desconhecimento, apenas trocamos o nome, o rótulo de antigos enganos, que insistimos em manter – nos agrada tal situação -, distorcendo o verdadeiro significado de tal fato. Esse engano, parece-nos, está ligado a essa noção equivocada de que estamos, realmente, comprometidos com a mudança, mas não estamos ainda.
A verdade é que se observarmos nossa conduta, poderemos perceber, muitas vezes, que insistimos em cometer os mesmos erros, fazendo as mesmas escolhas equivocadas e guardando a certeza de que já havíamos superado essa fase. Mas é a consciência dessa repetência que permitirá nos coloquemos em alerta, pois poderemos saber que, ainda, estamos no início da caminhada e distantes dessa superação.

As situações, nas quais somos chamados a dar testemunho daquilo que já aprendemos – e quase sempre supomos que já o fizemos –, constituem-se em excelentes vitrines para essas observações. São armadilhas que surgem para que nos testemos, para que tenhamos um parâmetro da nossa evolução, para que possamos medir o quanto, ainda, a paciência, a tolerância com as diferenças, o entendimento fraterno a quem nos agride, a capacidade de perdoar e esquecer e tantos outros, que imaginávamos já dominar, estão longe do ideal da prática amorosa que Jesus nos ensinou.

São decepções que infligimos a nós mesmos e que sacodem a nossa acomodação, no pouco que fizemos, mas que supomos ser muito. É importante lembrar aqui que qualquer avanço na senda do progresso é louvável e, às vezes, requer muito esforço de quem o executa.

O que não pode ocorrer é a estagnação desse movimento renovador, com a justificativa de que muito já foi feito. Isso nos desequilibra e nos adoece física e emocionalmente, permitindo que, inúmeras vezes, sejamos alvos fáceis de aproximação de outras mentes em desalinho, sejam elas encarnadas ou desencarnadas. Por essa razão, a superação de sentimentos inferiores, sob o ponto de vista de Jesus, como os de revide, vingança, vaidade, personalismo, por exemplo – expressões do egoísmo na vida de relação –, é de vital importância para a recuperação e manutenção do equilíbrio e da harmonia no âmbito da vida íntima. É essa condição que nos permitirá não sermos feridos pelas situações aflitivas e conflitantes que nos cercam, proporcionando outro olhar sobre essas armadilhas, um olhar com objetividade, dando a cada situação o justo peso de importância. Poderemos citar como exemplo o sofrimento de uma mãe porque o filho deixa o quarto desarrumado, enquanto fica ouvindo música, esquecendo-se de dar graças a Deus por ele estar em casa e não perdido nas ruas pelo vício.

Para que isso ocorra, faz-se mister buscar conhecer nossos sentimentos – raiz de nossas escolhas –, dimensioná-los, estabelecendo prioridades para serem trabalhados, com foco nas suas transformações, partindo do mais simples e, portanto, do mais fácil – aquele mais imediato, mais próximo, que está mais claro para nós – para o mais complexo e mais difícil. Um exemplo comum: a maneira diferente de fazer as tarefas gerando brigas; objetos fora de lugar. São situações às quais é dada uma importância que elas realmente não têm.

O mais importante nesse processo, em última análise, é ter a coragem de identificar esses sentimentos malsãos, iniciar a tarefa de renovação e, depois, permanecer nesse caminho.

Passeando entre a luz e a sombra, a razão e a emoção, nunca acertaremos a rota se não nos comprometermos com a mudança e perseverar nela, mesmo que se tenha de refazer os passos mil vezes.

Muitos de nós creem que somente a fé em Deus seja suficiente para que essas mudanças ocorram. 

Entretanto, a proposta de renovação, a qual Jesus nos convida a realizar, transcende a simples fé divina. Ela vai além e toca na essência do Espírito, na vontade genuína de realizá-la. 

Daí a presença dessas duas forças transformadoras em nós: a fé humana e a fé divina, porque, ainda que se aceite a soberana presença de Deus em nossa vida; ainda que a fé nos leve a adorá-lo em Espírito e Verdade; ainda que a Natureza O revele através das belezas que nos cercam, se não O sentirmos e mostrarmos isso ao mundo, através de nossas atitudes, nada terá sentido. Aceitar a Sua presença e não vê-lo no próximo é cegueira mental; adorá-lo em Espírito e Verdade e só colocá-lo em altares terrenos é diminuir-lhe a majestade; e vê-lo revelado em Suas obras e não entendê-lo é olhar-se no espelho e não o reconhecer em si mesmo, pois somos uma de suas obras.

É na busca dessa identidade com o Criador que reside nossa luta renovadora. “O Pai e eu somos um só”, disse Jesus, mostrando que, somente pela superação de nós mesmos e da materialidade na qual insistimos em permanecer, seremos livres e nos reconheceremos, finalmente, como filhos de Deus. 
Leda Maria Flaborea – Na renovação de cada dia  
                                                            – Consolador, N.º 609 – 10/03/2019 


lundi 3 juillet 2023

Viver pela fé - Postura coerente ou só aparência?

 Tem sido desafio em todos os tempos mantermo-nos coerentes com as noções de justiça e bondade que gradativamente vamos adquirindo pelas experiências de vida, sejam nos relacionamentos ou até mesmo com as reflexões interiores sempre presentes. Afinal, sempre é tempo de nos perguntarmos se somos coerentes com o que já sabemos ou afirmamos saber, quando confrontamos tais conteúdos com as posturas e comportamentos que adotamos. Ou, em outras palavras, se estamos com as ilusões da aparência.

Num planeta com tantos extremos que todo dia apresenta quadros de mediocridade e violência, igualmente contrastando com as belezas e harmonia da natureza, é de se perguntar mesmo como estamos...

Há uma afirmação do Apóstolo Paulo que nos ajuda nessa reflexão. Acompanhe comigo a página do capítulo 23 do livro Caminho, Verdade e Vida (ed. FEB, autoria de Emmanuel):

“Na epístola aos romanos, Paulo afirma que o justo viverá pela fé.

Não poucos aprendizes interpretaram erradamente a assertiva. Supuseram que viver pela fé seria executar rigorosamente as cerimônias exteriores dos cultos religiosos.

Frequentar os templos, harmonizar-se com os sacerdotes, respeitar a simbologia sectária indicariam a presença do homem justo. Mas nem sempre vemos o bom ritualista aliado ao bom homem. E, antes de tudo, é necessário ser criatura de Deus, em todas as circunstâncias da existência.

Paulo de Tarso queria dizer que o justo será sempre fiel, viverá de modo invariável, na verdadeira fidelidade ao Pai que está nos céus.

Os dias são ridentes e tranquilos? 

Tenhamos boa memória e não desdenhemos a moderação. São escuros e tristes? Confiemos em Deus, sem cuja permissão a tempestade não desabaria. Veio o abandono do mundo? O Pai jamais nos abandona. Chegaram as enfermidades, os desenganos, a ingratidão e a morte?

Eles são todos bons amigos, por trazerem até nós a oportunidade de sermos justos, de vivermos pela fé, segundo as disposições sagradas do Cristianismo”.

A expressão “o justo viverá pela fé”, de Paulo, extrapola a falsa noção que atribuímos a esse viver, como se ele fosse o mero cumprimento de aparências estabelecidas. A fé não está atrelada a aparências; há que ser cultivada, conquistada, construída, meditada, vivida, portanto, nos esforços do comportamento coerente com o conhecimento, em qualquer circunstância, para a conquista de uma postura coerente que não seja mera aparência...

Orson Peter Carrara – Postura coerente ou só aparência?
                                                             – Consolador, N.º 641 – 20/10/2019 



Viver pela fé - Reflexões sobre Deus

Eu não sei se estou no Pai ou o Pai está em mim... - Jesus

Atualmente muito está se falando de Deus, em todas as religiões, nos lares, na rua. Por isso, seria muito oportuno conversar um pouco sobre o Arquiteto do Universo, onde muito pouco ou nada sabemos. Mas a humanidade fala sobre Deus desde o início dos tempos.

Mestre Jesus nos ensinou: “Buscai primeiramente o Reino de Deus e o resto virá por acréscimo”. Ficamos a pensar o que seria esse reino de Deus, e mais ainda o que seria Deus.

Consultando O Livro dos Espíritos na sua primeira pergunta, Kardec faz o questionamento: O que é Deus? a resposta é objetiva e conclusiva, Causa primária de todas as coisas.

Durante muitos séculos, em diferentes encarnações, nós aprendemos sobre Deus de uma forma compatível com as necessidades do momento, bem como com as nossas possibilidades de compreendê-Lo.  Hoje, não podemos afirmar que evoluímos o suficiente, mas podemos colocar que ocorreu um amadurecimento em nosso espírito, para que nos permita então entender melhor o Arquiteto do Universo.

Começamos no passado a ver Deus como um ser vingativo, pois diz na bíblia “a vingança será minha”, dando no passado uma visão distorcida do que está escrito e hoje sabemos que não se trata de vingança, mas de cumprir-se a Lei. 

Um Deus parcial, onde os povos estariam classificados de povo de Deus e povo excluído do seu amor.

Hoje muitos ainda mantêm essa visão torpe sobre Deus. O Espiritismo vem nos fazer refletir, pensar, analisar e perceber de uma forma melhor e mais abrangente o que seria Deus. O reino de Deus então fica mais fácil de entender agora. Numa análise simples podemos ver que seria viver suas Leis, seguir a vida dentro de pensamentos, palavras, atos e realizações construtivas para nós e para todos os que estão no nosso caminho.

Fácil escrever isso, como também é fácil falar, mas colocar em prática é muito difícil. Sem dúvida alguma, mas aí está o desafio, aí está o nosso mérito, a luta incessante de viver o reino de Deus dentro de nossos corações.

Muitos querem entender Deus, mas nesse estágio de evolução que nos encontramos podemos sentir, viver e acreditar em Deus, mas como nos diz a outra pergunta d’ O Livro dos Espíritos, Do que é feito Deus?, a resposta não poderia ser diferente, face ao estágio em que nos encontramos: Vos falta um sentido para entender a intimidade de Deus.

Portanto, a fé raciocinada ensinada no Espiritismo é fundamental, mas acreditar em Deus ainda é um sentimento primeiramente de fé e aceitação para, num segundo momento de reflexão sobre sua inequívoca existência, porque vamos enxergar a sua obra na Terra e em todo o Universo, e muito mais, e precisamos viver Suas Leis dentro de nós.

Dia virá, com o nosso amadurecimento, evolução e conhecimentos mais profundos da vida e da eternidade de tudo, em que poderemos dizer como Jesus se expressou: Eu não sei se estou no Pai ou o Pai está em mim...

Para refletir um pouco, tem uma pequena estória que diz assim:
“Eu queria ser Deus para mudar o mundo, mas se eu tivesse O seu amor, deixaria tudo como está”.

Que Jesus nos abençoe hoje e sempre.

Wagner Ideali – Reflexões sobre Deus – Consolador, N.º 722 – 23/05/2021 


jeudi 15 juin 2023

Viver pela fé - Nossa jornada e o tempo

Multidões atormentadas, corações inquietos, almas indecisas perguntando pela justiça de Deus espalham-se pelo planeta. 

Caminhando na longa jornada evolutiva, deparamo-nos com doentes e desalentados esperando a intervenção Divina e, na condição de necessitados, aguardamos cuidadosamente, no íntimo da acomodação, a manifestação do Alto, a nosso favor, esquecendo-nos de que Jesus é o Amigo renovador que transforma, convidando-nos mais para alçar às esferas mais altas. 

Fica claro para nós que os discípulos que conviveram mais diretamente com o Cristo, recebendo o impulso renovador, experimentaram verdades extremamente entendidas, vivendo no mundo, mas fora dele, transformando seus objetivos e o sentido de suas existências. No curso do tempo, os apóstolos dispersaram-se, ensinando em várias regiões que “mais vale dar que receber”. Assim, os séculos se passaram e suas obras resistiram e continuam a ser espalhadas como sementes. Todavia, entendemos que viver hoje os ensinamentos de Jesus ainda nos é difícil, porque as dificuldades estão dentro de nós, por tomarmos atalhos que mais satisfazem nossos interesses, desejos e caprichos imediatistas. 

Então, como poderemos resistir a esses impulsos? O desafio é grande e está exatamente em sair do comodismo, aceitando o sofrimento como uma alavanca que nos impulsiona, combatendo as paixões do mundo com vontade firme, confiando sempre, acreditando que os puros de coração serão bem-aventurados e verão a Deus. Mas, na verdade, até o momento, não amenizamos as agressões, não conseguimos perdoar com facilidade, não toleramos as falhas alheias e nem procuramos diminuir a miséria do mundo, porque ainda precisamos entender que “fora da caridade não há salvação”. 

A mensagem redentora trazida pelo Mestre representa, a cada um de nós, o remédio para todos os males, pois, o Evangelho exprime um patrimônio precioso que indicará o caminho a ser atingido, mais cedo ou mais tarde: a compreensão à elevada destinação que nos aguarda. 

Entretanto, muitas vezes nos perdemos nas estradas sinuosas da existência, porém, sempre haverá novas oportunidades de recomeçar a jornada ao encontro de Deus. 

Em certa ocasião, Jesus convidou-nos: “Vinde a Mim todos vós que sofreis e vos aliviarei”. Assim, através do tempo, todos nós, imperfeitos, O procuramos: os oprimidos, os aflitos, os doentes, os perseguidos, os desamparados, os tristes e toda uma legião de sofredores, a fim de ouvir-Lhe as instruções. E o Mestre, suavemente nos reconforta e esclarece, mostrando-nos a trajetória para chegar até Ele. Reergue o nosso ânimo e nos guia para a verdade, iluminando nossos corações e inteligência. 

O meigo Rabi traz consigo a fé e o otimismo, que tiveram seu início na estrebaria singela e continuam até hoje, porque sabe o que existe em nós, conhece nossa pesada e escura bagagem do pretérito e, mesmo assim, não deixa de nos estender amorosamente Suas mãos. Por isso, é imprescindível viver esses ensinamentos através de nossas renovações,
ainda que passo a passo, para um novo amanhecer, apoiados e sustentados na fé e na misericórdia Divina. 

Estamos na senda evolutiva do aprimoramento, onde a mais profunda felicidade será vivida nas oportunidades infinitas de servir, desprendendo-nos e nos doando sempre, aumentando a capacidade de amar e de nos integrar à vontade Maior. 

Um dia chegaremos a nos identificar com todo o Universo, pois viveremos e sentiremos os ensinamentos benditos, anunciados: “Eu e o Pai somos um”; “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” e “Ninguém vem ao Pai senão por Mim”. (João, 14:6) 

Desta forma, entenderemos que somente em Jesus encontraremos força necessária para domar nossas paixões, pois só Ele tem a verdade que esclarece, a vida que alimenta e o caminho que nos conduz a encontrar Deus em nós. 

Renovemo-nos, pois, em Cristo, seguindo-O nas lições abençoadas, bendizendo os empecilhos da marcha e conservando a esperança, a fé e a alegria na transformação do tempo, em dádivas do bem-estar maior. A verdadeira renúncia, perceberemos, não está na desistência da luta edificante, e sim, no trabalho silencioso ao auxílio àqueles que nos propomos auxiliar. 

Em matéria de renunciação, não nos esqueçamos do exemplo do Mestre que, vilipendiado, escarnecido, dilacerado e crucificado, renunciou a alegria de permanecer em Seu divino apostolado, aceitando o sacrifício, voltando aos discípulos enfraquecidos, para revelar Seu excelso e sublime Amor por toda a humanidade. 

A Terra é grande escola para nosso Espírito, um livro enorme em que poderemos ler a mensagem do Amor Universal que o Pai nos envia, desde a gota de orvalho até a luz do sol que brilha a todos. Desta maneira, poderemos sentir o apelo da Infinita Sabedoria ao serviço de cooperação a todos os nossos irmãos em humanidade. 

O sinal dos novos tempos que se avizinham está visível aos olhos de todos, e com os conhecimentos evangélicos que já possuímos, estaremos capacitados a reconhecer esses ciclos. Sejamos uma carta viva do evangelho através do esforço e vontade, a fim de sermos verdadeiros seguidores e servos de Jesus, batalhando para que Seus ensinamentos encontrem guarida em nosso mundo e que se efetivem o Seu reino de glória e de fraternidade, unidos, para fazermos parte do imenso rebanho que obedecerá a voz de um só pastor. 

Temi Mary Faccio Simionato – Nossa jornada e o tempo 
                                                          – Consolador, N.º 546 – 10/12/2017 
Bibliografia:

Godoy Paulo Alves – Livro: Quando Jesus teria sido maior?, (pags 7 e 15). 

Schutel Cairbar – Livro: Parábolas e ensinos de Jesus, (2ª parte, pag. 360)

Viver pela fé - Viver com proveito

  “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem  se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos  es...